20.8.14

Livros sobre música que vale a pena ler (e que eu tenho, lol) - Cromo #49: Julian Cope - "Krautrocksampler - One Head's Guide To The Great Kosmische Musik - 1968 Onwards"


Autor: Julian Cope
título: Krautrocksampler - One Head's Guide To The Great Kosmische Musik - 1968 Onwards
editora: Head Heritage
nº de páginas: 144
isbn: 0-9526719-1-3
data: 1996 (1ª edição de 1995)

sinopse: 

Quando o glam rock apareceu, por volta de 1972, as bandas da Alemanha Ocidental absorveram tudo, assimilaram-no, e vieram cá para fora mais engraçadas e mais convincentes que qualquer grupo desde os Funkadelic / Paliament. No disco Viva La Trance, os Amon Düll II combinaram com sucesso vestimentas de animais teatrais, de harlequins teutónicos, e as plataformas de pele de cobra correntes e cabedais falsos, à moda de Sly Stone encontra Bowie. Ainda mais ridículos foram os Can a tentarem seguir o glam com um estilo à Velvet Undergraound. Eu fiquei muito desconfortável ao ver estes tipos velhos vestidos em cabedal e sombras, especialmente quando Michael Karoli, o único jovem e bonito do grupo, foi fotografado de joelhos numa pose particularmente submissiva, cercado por três tipos de meia idade.
Mas o Krautrock foi o pre-punk da Alemanha, a maior trip de todos os tempos. E estes grupos ligaram de repente e directamente onde a psique Britânica ainda julgava que os alemães estavam - o bicho-papão de toda a Europa. E exploraram a situação das formas mais geniais. Dos Amon Düül I aos Amon Düül II, passando pelos Faust, Cluster, Can e Guru Guru - os grupos Krautrock desempenharam este papel. Eis as minhas cinco imagens Krautrock favoritas:
1. Faust IV a abrir com os seus épicos 12 minutos chamados Krautrock. (Um enorme álbum duplo, de compilação da editora mais famosa da Alemanha, a Brain, foi também baptizado de Krautrock, e depois de Conrad Schnitzler ter deixado os Tangerine Dream e os Kluster, um dos seus primeiros álbuns a solo também continha uma faixa chamada Krautrock).
2. As faixas dos Amon Düll chamdas "Mr. Kraut's Jinx" e "La Krautoma", ambas fazendo parte do disseminador duplo álbum, Made In Germany, a primeira (e única?) ópera Krautrock.
3. A primeira referência ao "kraut" de todas foi em "Mama Düül and her Sauerkrautband Start Up!", faixa do primeiro álbum dos Amon Düll, de 1969, o LP Psyuchedelic Underground.
4. Dieter Moebius, dos Cluster, e o seu produtor Conny Plank, editaram um álbum de reggae-meets-New York-fuzz e chamaram-lhe RastaKrautPasta!
5. Mas a maior imagem Krautrock é certamente a capa de Live in London, dos Amon Düll II. Um gigante insecto, trajado à tropa com o seu capacete germânico, a arrancar a torre do Londo Post-Office das suas fundações, enquanto discos voadores sobrevoam a cidade deixando resíduos.
Em retrospectiva, o Krautrock não era, nem sequer remotamente, 'hippy' na sua definição moderna e post-punk. Era altamente idealista e dura como garras. Esta Kosmische Musik era tocada por freaks pintados e de longos cabelos, cuja atitude nunca abndonou o idealismo ou as comunidades/colectivos dos meados dos anos 60. O coração do Krautrock estava também nas guitarras dos MC5 e na insurreição dos Black Panther em Detroit em 1969, para além do momento de pureza de Andy Warhol, em 1966, com Exploding Plastic Inevitable. Os Guru Guru até tentaram redimir a suástica, no LP epónimo, Guru Guru, pondo-a no centro da capa do disco, e revertendo-a num design de entrelaçado antigo, assim restaurando a suástica para a sua direcção original pacífica. (Foi um bravo idealismo mas, como The Swastika Redeemer, um artista Nova Iorquino contemporâneo que tatuou centenas de diferentes e antigas suásticas por todo o seu corpo, foi insuficiente para fazer esquecer memórias tão presentes ainda).
Mas o Krautrock pode apenas ser verdadeiramente definido em retrospectiva, pois muitos dos grupos apenas pretendiam captar o Momento. Há mais clássicos fantásticos estendidos a 20 minutos dentro das capas dos LPS do Krautrock do que na música Americana e Britânica de todos os tempos. E todos capas desdobráveis tipo space-punk, também. Os álbuns eram impossíveis de classificar quando saíam porque desafiavam análises baseadas em tudo o resto, a não ser no próprio Krautrock. E por todo o seu idealismo dos anos 60, a cena musical da Alemanha Ocidental nunca ficou parada - ela não suspirava por qualquer era dourada perdida e indefinida, mas constantemente mergulhava em novas formas musicais que apareciam e que adaptavam à sua maneira. Esta capacidade de assimilar todo o melhor do Novo, fez com que o Krautrock fosse uma forma de arte por direito próprio, e com estamina considerável. E tão poderoso como o termo Kraut permanece, é essa a conotação que os germânicos usam para a melhor marijuana.

Introdução: 

Eu fui um adolescente Krautrocker. Escrevo esta pequena história devido ao que sinto pela música, que é supremamente Mágica & Poderosa, e permaneceu Irreconhecida por muito tempo. O Krautrock não era tocado apenas pelas velhas bandas rock germânicas dos inícios dos anos 70. Ele foi uma Poderosa atitude Pre-Punk usado por uns quantos Pioneiros - o Ur-punk, aqueles que estiveram lá mesmo no início. O Krautrock foi o que o Punk poderia ter sido se apenas o Johnny Rotten o tivesse comandado - um tipo de Paganismo Freak com o LSD a Explorar-o-deus-em-ti-moldando-o-animal-na-tua Odisseia Gnóstica. Uma espécie dos bons Hawkwind sem a Ficção-Científica do dia do Juízo Final. O Krautrock foi obscurecido aos olhos do público, que não estava alertado para o que era tão Santo como os Stooges, Sun Ra e os MC5, todos no mesmo palco. Ou que era Cosmic-Fuck Rock transcendental tocado pelas Super anfetaminas Visionárias Poetas-Druídas, e teve sempre uma atitude-para-a-Lua!
Não tenho que procurar nos cantos mais bafientos da minha discoteca para obter esta informação - O meu Krautrock está todo junto, uma imensa quantidade dela, próximo dos LPs de Psicadélia, dos Sly e dos Funkadelic, dos LPs de Scott Walker - os trabalhos que são agora aceites como música clásica, mas que serviram para me etiquetarem de esquisito, freak, ou apenas mais um louco à solta. Não sou um completista, mas tenho apenas escrito sobre discos que possuo. E ao escrever este livro, inevitavelmente caiu sobre mim a necessidade de preencher alguns buracos na minha colecção, de modo que um novo revivalismo Krautrock teve lugar. Eu tive muitos revivalismos destes antes: em 1977, ao conhecer a cena punk de Liverpool; em 1984, quando conheci o meu então novo manager, Cally, um supremo discípulo do Krautrock; e mais recentemente, desde 1991, quando o meu técnico de guitarras, Rizla Deutsche pôs a tocar o Neu 2 no autocarro que usamos nas digressões. Aqui vamos nós de novo, pensei, e assim foi.
Quando decidi escrever este Krautrocksampler, em Setembro de 1994, foi surpreendente, mas não desconcertante, descobrir que aqui estava uma das Grandes e Nunca Contadas Histórias Visionárias. Li sobre aqueles belos artistas alemães do pós guerra e chorei. Se eu tivesse sido um jovem alemão dos anos 60 teria de tocar Krautrock ou morrer. De forma alguma eu poderia viver com o conhecimento que a geração dos meus pais havia lidado com um crime de proporções Bíblicas. Teria de me meter no Rock-para-Marte - que foi precisamente o caminho que o melhor rock Alemão escolheu. À medida que ia investigando esta música Altamente-mágica, descobri o óbvio. O Krautrock nasceu no grandioso vento de Este que soprou acima da raiva das cenas dos 60s Britânica e Americana.
O Krautrock ultrapassou isso e mais.
Porque tinha de ser assim.
Nesta mini-história, tento explicar quem eram estes heróis do underground Germânico, falando em tons de silêncio, mas nunca ouvidos pela maioria. Faust, Can, Neu!, Amon Düül I e II, Ash Ra Tempel, Tangerine Dream, Cluster, La Dusseldorf, Harmonia, Popol Vuh, etc., etc. Porque é que toda a cena rock 'n' roll da Alemanha Ocidental continua a fazer LPs de música ácida e estranha em capas de arte selvagem ao longo de toda a década de 70? E qual a razão porque um álbum normal de qualquer um dos grupos acima citados é melhor que qualquer dos melhores álbuns da música Britânica e Americana, excluindo apenas lendas como o "Sister Ray" dos Velvet Underground (que alguns fans do Krautrock considerá ligeiro em comparação com certas faixas que poderão ser consideradas, por exemplo, Ash Ra Tempel / "Amboss".) Esta pequena história tenta explicar as razões, mas nunca conseguirá explicar a música de uma geração-nação a trabalhar de forma completamente inesperada. Havia um fogo a queimar as almas da juventude alemã do pós-guerra, que de alguma maneira necessitava de ser, não apagada, não empurrada, nem incrementada com petróleo - mas, em vez disso, o fogo precisava de arder. E ardeu. Com uma intensidade que pode ter alterado todo o tecido do Ocidente, tenha ele tido lugar na Grã-Bretanha ou na América. Mas essa não era a natureza do fogo, e nunca foi. Em vez disso, somos presenteados com um legado da ousada juventude alemã, para fora do seu passado recente. E o Krautrock é isso - alguma da mais fantástica, evocativa, heróica do Homem no seu Expoente Máximo de Magia Artística.







19.8.14

Livros sobre música que vale a pena ler (e que eu tenho, lol) - Cromo #48: Larry Austin And Douglas Kahn (edited by) - "Source - Music Of The Avant-garde, 1966-1973"


Autor: Larry Austin And Douglas Kahn (edited by)
título: Source - Music Of The Avant-garde, 1966-1973
editora: University Of California Press - Berkeley 94704 - www.ucpress.edu
nº de páginas: 382
isbn: 978-0-520-26745-9
data: 2011




sinopse: 

O jornal Source: Music of the Avant-garde foi, e ainda é, uma fonte seminal de materiais do alvor da música e artes experimentais. Concebido em 1966 e publicado até 1973, incluiu alguns dos mais importantes compositores e artistas da época e documentou mudanças cruciais na prática da perfomance e das inovações musicais.

"Este bem-vindo volume colecta artigos originais e provocadores da revista Source, num repositório sem paralelo de artigos, pautas, gráficos, fotos, editoriais e recensões, com contribuições de vários dos compositores e perfomers mais experimentais e pioneiros do século XX." - Elaine Lillios, Professora Associada de Composição na Bowling Green State University.

"Source foi uma audaciosa peça de empreendedorismo na área das novas músicas, que apenas poderia ter acontecido nos anos 60. Como é maravilhoso que esse histórico momento libertador seja agora reencarnado; Quem sabe que aventuras musicais esta republicação poderá inspirar." - James Pritchett, autor de The Music of John Cage.

" Uma antologia indispensável de transdisciplinaridade de ideias acerca da música e composição musical. Este é um tesouro fascinante de contracultura musical, absolutamente relevante nos dias que correm." - Christian Marclay, artista visual e compositor.

"Source foi um documento essencial do seu tempo, uma revista musical que fez música maravilhosa - e arte maravilhosa. Este livro põe agora disponível todo o conteúdo originalmente impresso nos vários números da revista, levando-nos a ter novamente por perto a Source da maneira que sempre almejámos ter." - Al Margolis, Pogus Productions (www.pogus.com).

"Houve um momento glorioso no dealbar da década de 1970 quando todos os nosso mapas musicais se tornaram obsoletos da noite para o dia. Novos compositores instalaram-se na pele de viajantes, muitos dos quais são impressos agora nas páginas deste livro. O compêndio meticuloso elaborado por Austin e Kahn transporta-nos novamente àquela era dourada, um tempo pré-Web onde tudo parecia possível." - Nicolas Collins, Editor-Chefe do Leonardo Music Journal.

Larry Austin - foi o editor fundador da Source e é Professor Emérito na University of North Texas.
Douglas Kahn - É autor de Noise, Water, Meat: A History of Sound in the Arts e Professor Investigador no National Institute for Experimental Arts, University of New South Wales, Sydney.








13.8.14

Nicolas Collins - "Handmade Electronic Music: The Art Of Hardware Hacking" - complemento #8 --> FIM >--


Como prometido, aqui fica o 8º (e último) complemento ao livro recenseado neste post.
Alguns dos vídeos constam no DVD que acompanha o livro, outros não; da mesma forma que muitos dos vídeos e outro material constantes do livro não serão aqui postados...
5 de cada vez... (excepto esta última, em que o número de vídeos apresentados é de nove, como podem comprovar abaixo.


Janek Schaefer - The Triphonic Turntable

Jesse Seay - Untitled (Resonant Objects)

EM wands at the Charlotte 25th JULY 2008 Part 1

Philip Stearns - AANN - Overview by Phillip Stearns (Pixel Form) 2007

Philip Stearns - Maelstrom Test 004

Swiss Mechatronic Art Society - 8 step sequencer

Tuomo Tammenpaa - Sequencing_NAND_3

Sebastian Tomczak - Hidden Village (live): 24 Points of Articulation

Chester Udell - zootMovie





Krautrock - A Lista (quase) Definitiva... (Partes 23, 24, 25 e 26/26: letras W, X, Y e Z) - FIM -


Segundo a melhor enciclopédia do género, recenseada em post anterior:

The Crack in the Cosmic Egg - Encyclopedia of Krautrock, Kosmische Musik, & Other Progressive, Experimental & Electronic Musics From Germany

. Quando o formato não é indicado, corresponde a LP.
. Esta lista (todas as partes) será actualizada com as indicações das obras que possuo e que poderei disponibilizar para audição (as de fundo colorido);
. Só estão listados os dados referentes às primeiras edições. A maioria das obras possui outras edições (em LP e, sobretudo, em CD.
. Existem artistas e bandas que se mantiveram, e alguns deles ainda se mantêm, em actividade, com novas edições, que não estão incluídas na Enciclopédia (nem aqui), mas que são acrescentadas no final da tabela - uma linha de intervalo (essas também tenho, obviamente).
Se quiserem ajudar... vão indicando erros, lapsos, obras ausentes, etc. para o email habitual. Grato.


Waldron Jackson Weber Braceful
The Call
Japo
1971
60001
Wallenstein
Blitzkrieg
Pilz
1972
20 29064-6

Mother Universe
Pilz
1972
20 291113-8

Cosmic Century
Kosmische Musik
1973
KM 58.006

Stories, Songs & Symphonies
Kosmische Musik
1975
KM 58.014

No More Love
RCA
1977
PL 30010

Charline
RCA
1978
PL 30045

Blue Eyed Boys
RCA
1979
PL 30061

Frauleins
Harvest
1980
1C 064-45 932

Sssss... Top
Harvest
1981
1C 064-46 307
Walpurgis
Queen Of Saba
Ohr
1972
OMM 556 023
Die Walter H. C. Meier Pumpe
Unterwegs
Der Andere Song
1975
25795

... Pumpt Den Skiffle Aus Dem Boden
Songbird
1976
1C 062-31140
Die Wand An
Kein Name + Kein Titel
Trikont
1982
US-0097

Tanzania / Vaseline / Electric (12”)
Schneeball
1985
1042
Waniyetula
A Dream Within A Dream
Klangkunst
1983
KK 2811-018-12
Warlock
Warlock
Lava
1983
LV 83501
Eberhard Weber
The Colours Of Chloe
ECM
1974
1042

Colours – Yellow Fields
ECM
1976
1066

The Following Morning
ECM
1976
1084

Colours – Silent Feet
ECM
1978
1107

Fluid Rustle
ECM
1979
1137

Colours – Little Movements
ECM
1980
1186

Later That Evening
ECM
1982
1231

Chorus
ECM
1985
1288

Orchestra
ECM
1989
1374

Pendulum (CD)
ECM
?
519 707-2
Weckers Uhrwerk
Krawattnleichn
Trikont
1977
US-0033
Weed
Weed...!
Philips
1971
6305 096
Walter Wegmüller
Tarot (2xLP)
Die Kosmischen Kuriere
1973
KK 2/58.003
Harald Weiss
Schlagzeugwerkstatt
Schott
1980
T 207

Trommelgeflüster
ECM
1983
1249

Arche
Wergo
?
SM 1060

Wintergesange (CD)
Wergo
?
SM 1066-50

Ade (CD)
Wergo
?
SM 1077-50
Klaus Weiss
I Just Want To Celebrate (2xLP)
?
1971
?

Drum Box
Philips
1974
6370 207

Open Space Motion
Coloursound
?
CS 56
Welcome




Weltklang
Klangwelt (K7)
self-release
1982

Werwolf
Creation
self-release
1984
F 667.943
Manfred Wieczorke
Transfer (CD)
Inak
1988
8808
Klaus Wiese [suggested listening...]
Samarkand (K7)
Aquamarin
?
5023

Baraka (K7)
Aquamarin
?
5025

Maraccaba (K7)
Aquamarin
?
5026

Qumra (K7)
Aquamarin
?
5027
Wind
Seasons
+Plus+
1971
3

Morning
CBS
1972
65007

Josephine / Puppet Master (7”)
CBS
1973
1303
Wired
Wired
Deutsche Grammophon
1974
2563 300
Wirtschaftswunder [selected discography...]
So Allein (7”)
Das Buro
1980
WR 006

Salmobray
Zick Zack
1981
ZZ 20
Witthüser + Westrupp
Lieder Von Vampiren, Nonen Und Toten
Ohr
1970
OMM 56 002

Einst Kommt Die Nacht / Wer Schimmt Dort (7”)
Ohr
1970
OS 57 002

Trips + Traume
Ohr
1971
OMM 56016

Der Jesus Pilz
Pilz
1971
20 21098-7

Bauer Plath
Pilz
1972
20 29115-4

Bauer Plath / Das Lied Der Liebe (7”)
Pilz
1972
05 19134-0

Live *68-*73 (2xLP)
Kosmische Musik
1973
KM 2/58.004
Wolfhound
Live
Jeton
1981
600.6601

Hallelujah
Jeton
1982
100.3326

The Never Ending Story
Jeton
1983
300.5503
Wonderland Band
NO. 1
Polydor
1971
2371 125

Rock ‘n Roll People / King Of America (7”)
Polydor
1972
2041 197
Wutpickel
--> Eroc 3



Wyoming
Wyoming
Bacillus
1971
6494 010

In Prison
Bacillus
1972
BLPS 19079

Indian Wardance / I’m Wheeping (7”)
Bacillus
1972
BF 18066
Xhol (Caravan)
Planet Earth / So Down (7”)
Hansa
1969
14 371 AT

Electrip
Hansa
1969
80 099 IU

Hau-Ruk
Ohr
1971
OMM 56 014

Motherfuckers GmbH & CO KG
Ohr
1972
OMM 556.024
Yatha Sidhra
A Meditation Mass
Brain
1974
1045
Yatra




Yavanna
Bilder Aus Mittelerde
Lord
1984
33545
Yello [selected discography...]
Solid Pleasure
Vertigo / Do It
1980
6435 094 / RIDE 4

Clara Que Si!
Vertigo / Do It
1981
6435 123 / RIDE 8
Yggdrasil
Out Along The Highway / Tango Blackout (7”)
self-released
1976
SYD 030 AB

--> Live Nürnberger Szene 76



You
Electric Day
Cain
1980
CL 5803

Time Code
Rock City
1983
RCR 88002

Wonders From The Genetic Factory
Rock City
1984
RCR 88004

Laserscape
Racket
1986
RRK 15.031

Era (5xCD)
Cue
1996
CUE-4000
Zabelka & Smekal
Somateme
Edition RZ
1987
parallèle 2
Gerd Zacher
Orgel
Deutsche Grammophon
1970
139 442
Zarathustra




Zarathustra
Zarathustra
Metronome
1971
MLP 15.421
Zarathustra
Also Spielt...
self-released
1982
1-682 TSM
Zara-Thustra
Eiskalt
Weryton
1982
6.25406

Psychopoly
Weryton
1983
6.25665

Ritter Der Neuen Zeit
Weryton
1985
6.26065
Zenamon
Zenamon
Polydor
1984
821 309-1

Promendade
Theta
1988
834 106
Zenit
Stimmungswechsel
WEA
1981
58.436
Ziguri




Zippo Zetterlink
In The Poor Sun
Orschakowski
1979
ZAS 1+2
Zomby Woof
Riding On A Tear
Jupiter
1977
25.231 OT
Zweistein
I’m A Melody Maker / A Very Simple Song (7”)
Philips
1970
6003 106

Trip / Flip Out / Meditation (3xLP)
Philips
1970
6630 002
Zyma
--> Proton 1

1974


Brave New World
self-released
1979
151079





Yello
The Eye (digipak)
Motor Music (Europe)
2003
0602498658635
Yello
You Gotta Say Yes To Another Excess
Stiff Records (UK)
1983
SEEZ 48
Yello
Essential (comp.)
Mercury (UK & Europe)
1982
512 390-2






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